Recentemente, no fórum Hiarcs, foi aberta
uma discussão abordando a raridade de alguns computadores de xadrez. Em
síntese, a discussão prende-se ao fato que os computadores de xadrez, década de
80/90, alguns denominados TM "Tournament Machines" dentre outros,
estão sendo vendidos por preço notoriamente inferior, quando comparados com os
preços à época em que foram concebidos.
Ainda, se comparados com outros artigos
colecionáveis; selos, móveis antigos, aqui eu incluo instrumentos
musicais, telas, obras de arte em geral, o autor considera que os computadores
de xadrez não acompanharam os preços relativamente a estes artigos
colecionáveis. Prossegue com exemplos numéricos, considerando os efeitos da
inflação nas moedas de origem.
Uma pausa sobre o contexto da inflação, ou seja, a perda do poder aquisitivo da moeda não é uma prerrogativa nacional,
a experiência brasileira quanto a correção monetária das demonstrações
financeiras e sistema financeiro de habitação foi inspirada no sistema aplicado
na Holanda, década de 50/60.
Mas voltando ao tema, o vocábulo raridade é debatido
com exemplos da Fidelity,
|
Novag |
|
Elite Avant Garde |
computadores que nos dias atuais, em alguns casos,
tem seus preços de venda superiores a outros fabricantes, tais como Novag e
Saitek.
Criticam a relação US$/EUR, como fator de
aumento de preços das máquinas em leilão nos EEUU. Por derradeiro, alegam que
seria mais vantajoso adquirir o novo projeto da "Phoenixc Chess
System"
ao invés de pagar o mesmo preço por computadores da Fidelity.
Considerando os termos da discussão, opino em sentido contrário. Sou conhecido pela minha teimosia em
defender meus pensamentos, os quais entendo estar diretamente vinculados a minha ciência e consciência. Primeiro, a inflação não deve ser culpada por tais
fatos, ela não tem vinculo com a valorização dos objetos. Segundo, a relação
entre as taxas de câmbio em nada contribui, pois está atrelada a outros fatores econômicos. Não faz sentido analisar a relação
da taxa de câmbio de uma região a outra, melhor seria analisar os preços
relativos de cada país. Por outro enfoque, o vocábulo "raridade" no
meu entender, deveria ser corretamente aplicado considerando os seguintes
fatores:
a) escassez;
b) algo que não pode ser reproduzido, cito
os instrumentos musicais, telas, móveis antigos, selos,
c) poderia ser imitado, uma peça não seria igual
a outra;
d) a demanda por computadores de xadrez não se compara com outros artigos colecionáveis;
e) a comunidade interessada por este tipo de aparelhos é pequena, quando comparada com outros artigos colecionáveis;
f) poucos estão dispostos a gastar centenas de euros para estas máquinas;
Alia-se ao fato que para as máquinas da Fidelity,
já existem "mobos" que reproduzem as diversas versões como a seguir:
6114-1 Elite Avant Garde Vers. 1, 2265 = RAM 128, Mhz 16 68000, no learning (never released)
6114-2 Elite Avant Garde Vers. 2, 2265 = RAM 128, Mhz 16 68000
6114-3 Elite Avant Garde Vers. 3, 2265 = RAM 512, Mhz 16, 68000
6114-4 Elite Avant Garde Vers. 4, 2265 = RAM 1024, Mhz 16, 68000
6114-5 Elite Avant Garde Vers. 5, 2265 = RAM 192, Mhz 16, 68000-Dual
6117-6 Elite Avant Garde Vers. 6, 2325 = RAM 512, Mhz 20, 68020
6117-7 Elite Avant Garde Vers .7, 2325 = RAM 1024, Mhz 20, 68020
6117-8 Elite Avant Garde Vers. 8, 2325 = RAM 640, Mhz 20, 68020-Dual
6117-9 Elite Avant Garde Vers. 9, 2325 = RAM 1024, Mhz 32, 68030
6117-10 Elite Avant Garde Vers 10, 2325 = RAM 1024, Mhz 25, 68040
portanto, não é difícil
imaginar que a construção da madeira, seguindo os padrões do fabricante não
tardará a chegar.
O mesmo não se pode dizer quanto a um baixo Fender, década 70.
Há inúmeros construídos atualmente, mas não tem a mesma sonoridade,
uma vez que a madeira tem vida própria. Idem, jamais dois pianos serão iguais, cada um tem sua característica, sonoridade, mesmo quando construídos no mesmo dia, com os mesmos profissionais.